Bacuri dos Pires, em Vargem Grande, inaugura casa de farinha comunitária

Comunidade recebe placa de inauguração. Foto: Lena Machado. Ascom/ Cáritas Brasileira Regional Maranhão

O povoado fica a 23 km da sede de Vargem Grande. Casa de farinha foi construída em regime de mutirão, com a instalação de equipamentos modernos adquiridos com o apoio da Fundação Banco do Brasil.

“A gente é como minhoca, vive da terra”. A fala de Maria Helena da Silva, lavradora, liderança feminina e membro da diretoria da Cáritas Diocesana de Coroatá, é a reafirmação do slogan da Rede Mandioca: “plantar é nossa raiz”. Foi nesse clima de celebração e de pertencimento que a comunidade quilombola de Bacuri dos Pires, que integra a Rede, inaugurou a sua casa comunitária de beneficiamento de farinha sábado passado (19 de julho).

“A casa de farinha é um sonho antigo da comunidade e uma conquista coletiva”, afirma Valdemar, líder comunitário local. Com a assessoria da Cáritas Brasileira Regional Maranhão e o acompanhamento da Cáritas Diocesana de Coroatá, a comunidade construiu a estrutura da casa e a Fundação Banco do Brasil viabilizou a compra de equipamentos, como prensa, forno elétrico, forrageira, classificador de grãos, balança, desintegrador e outros. Entre março e julho deste ano, os moradores se revezaram nos dias de trabalho e a contrapartida da comunidade se concretizou em mão de obra e materiais da construção da casa como telhado e o piso.

A ação é parte do convênio celebrado entre Cáritas/MA e FBB na perspectiva de ampliar a capacidade de comercialização dos produtos da agricultura familiar através do Centro de Referência Estadual Rede Mandioca. “Melhorar as estruturas de beneficiamento das casas de farinha nas comunidades é uma das estratégias para alcançar esse objetivo”, conclui Lucineth Machado, assessora regional da Cáritas.

Participaram da inauguração representantes da Comunidade de Bacuri dos Pires, da Cáritas do Maranhão, da Cáritas Diocesana de Coroatá, da Coopervag (Cooperativa de Agricultores e Extrativistas de Vargem Grande), da Quitanda Rede Mandioca e o representante do Banco do Brasil – Unidade de Chapadinha, Geyhandson de Lima (que também representou a FBB).

O empreendimento segue os princípios da economia popular solidária e será gerenciado coletivamente por 13 famílias da comunidade, sendo aberta para as demais que residem no povoado, beneficiando um total de 52 famílias. (Texto e foto: Lena Machado. Edição: Zema Ribeiro)